Na escola, aprendemos a usar a palavra para expressar os sentimentos e a confiar em sua força na solução dos problemas. Quando falhamos nesse uso, ou perdemos tal confiança, abrimos a porta para a desrazão: a eclosão da violência sempre nasce da falência da palavra.
A escola é o lugar da disciplina, da organização das ações, da ordem nos estudos. Os atos de criação não se deixam reduzir à racionalidade, mas a anarquia na escola não pode ter lugar de destaque.
Na escola, construímos significados socialmente partilhados, que viabilizam uma vida pessoal com sentido. Para tal, entretecemos razão e sentimento de modo inextricável: o que não é sentido, não faz sentido.
A escola não é uma família, cujo motor é o sentimento, nem uma fábrica, que produz uniformidades: a formação pessoal pressupõe uma diversidade valiosa. A escola, como a família, não é uma democracia, não é regida por regras de maioria. Não elegemos nossos pais, e os papéis de alunos e professores certamente não são permutáveis.
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