Algumas expressões tornam-se tão comuns que esquecemos seu significado problemático, que oscila entre a redundância e o paradoxo. “Material concreto” é um exemplo de redundância excessiva – o que seria um “material abstrato!”? “Educação à distância” é um monstrengo semântico, se não for considerada apenas um oximoro, como “grito silencioso”.
De fato, somente se pode falar em Educação se há um sistema de proximidade entre os atores envolvidos. O ambiente escolar estrutura-se em espaços de convivência: salas de aula, interações pessoais, relações de tutoria ou de orientação etc.
As redes de computadores criaram novas maneiras de aproximar as pessoas: videoconferências, e-mails, blogs, chats, twitters etc. Hoje, podemos nos sentir mais próximos de um amigo chinês, que nunca vimos ao vivo, mas com quem trocamos e-mails todos os dias, do que de um vizinho com quem quase nada partilhamos. A distância física pode conviver com outras formas de interação pessoal. Sem proximidade, não há Educação.
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