A contraposição é renitente, mas a qualidade não se opõe à quantidade. A busca do equilíbrio entre tais polos permanece uma questão crucial.
A verve machadiana dá seu recado sobre o tema. Em O cônego e a metafísica do estilo, um substantivo procura ardentemente um adjetivo: de tal casamento, nasceria o estilo. Substantivos e adjetivos são igualmente necessários. Entretecem-se o tempo todo, como em “Hércules” e “hercúleo”, ou em “belo” e “beleza”. A qualidade e a quantidade irmanam-se nos adjetivos e na concretude da substância, dos substantivos.
Na Matemática, a qualidade nasce da quantidade e vice-versa. A noção de número articula harmoniosamente a equivalência qualitativa e a ordem quantitativa. Indicadores como o IDH conjuminam a expressão da qualidade de vida com a intenção da medida.
Nas avaliações educacionais, um casamento harmonioso do substantivo (qualitativo) com o adjetivo (quantitativo) é imprescindível: somente assim será possível manter as pessoas no centro das atenções.
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