A Matemática compõe com a Língua Materna um par complementar: é impossível reduzir um dos sistemas simbólicos ao outro. Uma língua que se aproxime demasiadamente do modo de operar da Matemática resulta empobrecida; o mesmo ocorre com um texto matemático que exibe uma ambivalência própria apenas à expressão lingüística.
A multiplicidade tópica de sentidos é comum na língua corrente e é intencionalmente controlada na linguagem matemática. A busca da expressão precisa é natural na Matemática, mas pode empobrecer o uso corrente da língua. Afinal, a linha reta faz bem ao caráter, mas faz mal ao poeta…
A Língua pode ser exemplarmente precisa, como bem o revela o texto poético; nele, uma palavra não pode ser substituída nem por um perfeito sinônimo sem desmontar o poema. Embora existam diferenças fundamentais entre os significados da precisão na Língua e na Matemática, os alunos devem ser conduzidos a apreciar a beleza presente tanto na exatidão dos cálculos quanto no rigor do texto poético.
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