A vontade de viver é o alimento da vida. Podemos chamá-la de ânimo, ilusão, entusiasmo, élan vital… A função que desempenha é sempre a mesma: se a vida é como um rio, a vontade de viver é sua nascente. Mas a vontade de viver é uma vontade de quê?
Para Freud, é uma vontade de prazer. Das situações mais instintivas, mais animais, um processo de elaboração nos conduziria ao crescimento, a uma vontade de ter certas vontades e não outras. A consciência seria uma espécie de volição de segundo nível.
Para Adler, é uma vontade de poder: domínio de si mesmo, poder sobre os outros. Em Nietszche, Maquiavel ou Schopenhauer os liames entre o poder e o viver têm pontos de contato com a perspectiva adleriana.
Para Frankl, no entanto, o motor fundamental da ação humana, o alimento decisivo para nos manter vivos é a vontade de sentido. A dor e o sofrimento são suportáveis quando portadores de sentido. O poder pelo poder carece de sentido. A vontade de viver alimenta-se da confiança no sentido da vida.
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