É comum em jovens pesquisadores a ambição desmesurada na caracterização do problema da pesquisa a ser realizada. A introdução histórica pode, às vezes, ser intitulada “Deus e sua época”. E a impressão que resulta da leitura da lista de objetivos é que nada mais restará por fazer, após sua conclusão. Tal fato geralmente tem cura: o próprio amadurecimento do pesquisador conduz a um maior discernimento nos recortes temáticos.
Um desvio menos benigno é o excesso de modéstia, ou a falta de ambição nos objetivos, o que condena a pesquisa a um “sucesso” morno e insípido. É o que ocorre quando tudo o que se pretende é “dar alguma contribuição ao estudo de…”, ou “fornecer alguns subsídios para…”, ou ainda, “verificar se, melhorando a formação do professor, melhora o nível dos alunos”, e assim por diante.
Há pesquisas que apresentam perguntas tão singelas e objetivos tão modestos que nem precisariam ser realizadas para respondê-las ou alcançá-los. Pesquisa: é preciso não usar seu nome em vão.
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