Um jogo de futebol pode ser decidido nos últimos minutos, na prorrogação, mas isso não é muito frequente. Os gols marcados, em geral, não são muitos. Com um ou dois gols no início, pode-se recuar e defender o resultado. A “cera”, o fazer hora e esperar o apito final são práticas comuns. Faltam alguns minutos e o técnico avisa: “acabou, acabou…”.
Um jogo de basquete costuma ser muito diferente. Cada 30 segundos é um quantum de ação que pode ser convertido em 1, 2 ou 3 pontos. Esperar o tempo passar é mau negócio. Marcar pontos no início não garante a vitória, se não se pontuar continuamente. É possível – e não é raro – virar um jogo em poucos minutos, ou mesmo em alguns segundos.
O tempo da aula é como o tempo do basquete. Marcamos pontos ao despertar o interesse dos alunos pelos temas que apresentamos. As oportunidades se oferecem a cada minuto. Cada segundo pode ser decisivo. Não se trata de instaurar a ansiedade ou a correria, mas fazer “cera” na aula é um desperdício de competência.
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