“Assim que acordei, senti que o dia não seria bom”. “Um olhar rápido foi suficiente para me dar conta da complexidade da questão”. “A primeira impressão é a que perdura”. “Mal fomos apresentados e já me veio a convicção de que seremos amigos”. “Não vi o filme e não gostei”.
Em cada uma das frases acima, quais os limites entre o conceito e o preconceito? Percepções sensoriais são sempre enganadoras? Podemos confiar em intuições ou insights? Não seria mais prudente recusá-los in limine, como meras precipitações? Decisões baseadas em conceitos são imunes a equívocos?
Em cada uma das questões anteriores, a resposta tem a firmeza de um prego na areia. Intuição não basta, mas não podemos ignorá-la. Nenhum criador descrê do insight. Um deficiente visual nos revela as imensas possibilidades de refinamento na percepção sensorial. Na maior parte das questões pessoais realmente importantes não dispomos de conceitos suficientes para sustentar nossas decisões.
Não obstante, a vida segue interessante.
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