A cidadania é fundamental em âmbitos regulados por leis, como o político, o econômico, o jurídico. Neles, a igualdade é o que conta e “todos são iguais perante as leis”. Mas existem lugares em que a diferença é fundadora. A estética e a religiosidade são apenas dois exemplos.
Torcemos pelo time A, gostamos do pintor X, optamos pelas crenças que dão sentido a nossas vidas. Não buscamos leis gerais para regular nossos gostos pessoais. Iguais como cidadãos, somos diferentes como pessoas.
Igualdade, Liberdade, Fraternidade era o trio de valores básicos da Revolução Francesa. Referiam-se a âmbitos diversos: Liberdade no plano cultural, Fraternidade no econômico e Igualdade no jurídico. A extrapolação dos limites é descabida, como seria a meta da igualdade no plano cultural.
Sobre a máxima “Todos são iguais perante a lei”, não se pode esquecer ainda o fato de que não vigem as mesmas leis para todos. Leis compensatórias, como as políticas de cotas, podem tornar alguns “mais iguais” que outros.
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