Dewey (1916) já alertara: sufrágio universal e universalização da educação básica de qualidade são condições inextricáveis da vida civilizada. Não é possível imaginar uma democracia plena no universo infantil, ou em espaços de convivência carentes de consciência pessoal, fruto de uma educação efetiva, formal ou informal.
Mortimer Adler, em sua Paideia (1985), já sublinhara com ênfase: o não atendimento conjunto ou o cumprimento parcial de tais condições corrompe as ideias de democracia e de educação. Educação sem liberdade de expressão, sem participação nos projetos, sem comunhão de valores, não pode ser de qualidade e é tão indesejável quanto a simples escravidão. Mas o sufrágio universal sempre pressupõe a consciência pessoal e a responsabilidade, frutos de uma boa educação.
A nenhum ser humano deveria ser negada a vivência plena das duas condições deweyanas. Privar alguém de uma delas é como aliviar de uma das penas de morte quem fora condenado independentemente a duas de tais penas.
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