O fenômeno da consciência é um problema fundamental para filósofos e estudiosos da neurociência. Normalmente, falamos de um “indivíduo consciente”, ou da “consciência pessoal”. Na Psicanálise, as ideias de consciente e de inconsciente estão associadas primordialmente aos indivíduos. O inconsciente é o lugar das lembranças pessoais reprimidas, dos impulsos socialmente inaceitáveis.
Com Jung, a noção de inconsciente transcendeu o nível individual. O inconsciente coletivo constitui a camada mais profunda da psique humana. Seu conteúdo são materiais arquetípicos, padrões socialmente herdados, comuns a diferentes épocas e culturas.
Não existem, no entanto, abordagens teóricas que associem à consciência um caráter coletivo. Como negação da individualidade, a massificação consiste justamente na abdicação da consciência pessoal, sem a contrapartida da emergência de uma “consciência coletiva”. A ideia de uma “massa consciente” é o exemplo mais patente de uma contradição de termos, de um oximoro.
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