A riqueza das nações é um clássico de Adam Smith, cujo título foi parafraseado por Robert Reich, em 1990, ao escrever O trabalho das nações.
As semelhanças param por aí. Smith reflete com profundidade e abrangência sobre a produção da riqueza; suas teses são a base do liberalismo econômico. O alcance de Reich é mais curto, concentrando-se nas formas atuais de organização do trabalho. Mas o insight da substituição da riqueza pelotrabalho é especialmente fecundo.
De fato, o trabalho é o meio justo para a distribuição da riqueza do mundo. Ele deveria ser valorizado em todas as suas formas: do padeiro ao cientista, do engenheiro ao encanador, do médico ao lixeiro, do juiz ao agricultor, da doméstica ao artista, do motorista ao professor. Com diferenças mínimas entre as diversas categorias, os níveis salariais médios deveriam ser muito mais elevados.
Nem programas de renda mínima, nem penduricalhos aditivos: a riqueza advém do trabalho e ele é o único meio legítimo de sua justa distribuição.
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