Informações são cada vez mais abundantes; ideias que as estruturem em narrativas significativas, nem tanto. As tecnologias podem servir de biombo para certa indigência no terreno das ideias. Tal carência pode ser perigosa. Já foi dito que ter apenas uma ideia é a marca do fanatismo. Churchill cunhou a variante:Fanático é quem não pode mudar de ideia e não quer mudar de assunto. Uma coisa, no entanto, é ter ideias; outra, é ter um ideal.
Para Ingenieros, medíocre é o homem que vive sem ideais, tendo como metas os prazeres ou a satisfação de necessidades imediatas; seus fins seriam apenas os meios da ação. Não se vive uma vida pessoal plena sem projetos que traduzam um ideal em termos de valores humanos. A ausência de uma arquitetura de valores, de um ideal que dê sentido à vida é a marca da mediocridade.
A carência de ideias enfraquece a economia e empobrece a vida pública. A ausência de um ideal conduz ao tédio a vida pessoal. Na política, transforma o homem público em mero burocrata.

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