“Tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo”, diz uma canção popular (Lulu Santos). Outra registra: “Eu nasci assim. E sou mesmo assim. Vou ser sempre assim, sempre Gabriela…” (D. Caymmi). Outra diz, ainda: “Prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo” (Raul Seixas).
No dia a dia, vivemos a vertigem das mudanças, cada vez mais abrangentes, em praticamente todos os setores da vida humana. Em meio a tudo isso, buscamos nos orientar pelo que permanece invariável, pela fixidez, ainda que momentânea.
Este é o mote do Cálculo. Considerado um tema destinado a especialistas, ele diz respeito à vida em sentido pleno. Mostra-nos que é possível tratar o que varia como se fosse constante em pequenos intervalos de tempo. Faz constantes e variáveis sentarem à mesa para uma negociação, promovendo um diálogo entre Gabriela e Raul Seixas. Nasce, portanto, da expectativa de um equilíbrio harmonioso entre a transformação e a conservação.
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