A sustentabilidade invadiu o discurso politicamente correto. Não se pode mais dissentir sem parecer irresponsável. Mas ser ou não ser sustentável não é uma conceituação simples. Algumas questões podem balizar uma discussão.
Sustentabilidade não é inação, mas criação. A razão e os processos vitais combinam-se em ações que resistem ao aumento da entropia dos sistemas.
Sustentabilidade não é estagnação, mas equilíbrio na ação, como quando andamos de bicicleta.
Sustentabilidade não é garantia de crescimento, mas de aperfeiçoamento pessoal e nos processos produtivos.
Sustentabilidade não é sinônimo de duração infinita, mas busca de uma durabilidade condizente com a valorização dos recursos.
Sustentabilidade não é factível em contextos apenas locais; ela exige uma abordagem sistêmica dos atores e elementos envolvidos.
Sustentabilidade, enfim, não é pretensão de imortalidade, mas reconhecimento da finitude da vida, uma chama que nos anima e consome, que é eterna enquanto dura, como cunhou o poeta.
26/10/2012
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