Há uma década, o estereótipo na referência aos produtos da indústria chinesa era o da cópia aligeirada, de baixo preço e qualidade duvidosa. Atualmente, a situação não mudou da água para o vinho, mas é preciso reconsiderar a questão.
Dados de 2012 da Organização Mundial da Propriedade Intelectual revelam que, das 2,3 milhões de patentes requeridas, cerca de 25% eram chinesas. Isto representa mais de 100 vezes as solicitações do Brasil e sobrepuja as dos EUA, do Japão e da Europa. Do total de 8,6 milhões patentes em vigor, 2,2 milhões são americanas, 1,7 milhões são japonesas e 900 mil são chinesas.
Uma mensagem nítida parece nascer de tais números: a cópia não é inimiga da criação. Na escola de nossos avós, copiar, decorar tabuadas ou poemas fazia parte do processo de ensino. As crianças eram incentivadas a saber certas coisas de cor. Em tempos mais recentes, saber com o coração, encontrar atalhos para a razão passou a ser mal visto. Está mais do que na hora de se reverter tal processo.
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