No Brasil, as ações educacionais costumam suceder-se sem continuidade ou consistência. As avaliações oficiais não dialogam entre si, sendo frequentes incongruências nos diversos níveis de ensino. Criado para compor um diagnóstico do Ensino Médio, o ENEM pode ser realizado apenas com os conhecimentos referentes ao Ensino Fundamental e acabou por se transformar em um processo seletivo para as universidades. Mais grave ainda é a transmutação de meio em fim nas avaliações: após a divulgação dos resultados, pouco se faz efetivamente para a melhoria do desempenho.
O nó górdio da questão é que a Educação não parece pautada por políticas de Estado, que pensem o país e seu rumo com grandeza e discernimento. Não existe sequer uma base curricular nacional. As ações em curso resultam, frequentemente, apenas de projetos de Governo, e às vezes decorrem de interesses do governante da vez: uma mudança de ministro ou secretário, ainda que do mesmo partido, costuma provocar recomeços a partir do zero.
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