Na Grécia Antiga, havia uma separação radical entre os universos do conhecimento e do trabalho. Estudar não significava preparar-se para trabalhar bem. Somente a partir da Revolução Industrial consolida-se a ideia de aplicação do conhecimento ao mundo do trabalho. A Enciclopédia Francesa, considerada o maior empreendimento comercial do século XVIII, é um marco na transformação do conhecimento em algo que se comercializa. Nela se vê pela primeira vez na história uma lista de ocupações da época e um elenco de conhecimentos necessários para um bom desempenho.
A partir daí, a transformação do conhecimento em mercadoria caminhou celeremente. Com os computadores, a partir da metade do século XX, ocorreu uma plena integração entre o conhecimento e o mundo do trabalho. O principal fator de produção não seria mais a terra, a matéria prima ou a mão de obra, mas sim o conhecimento e seu valor passou a ser tratado como o de uma mercadoria em sentido industrial. Os problemas não tardaram a aparecer.
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