A busca do crescimento parece ser um pensamento hegemônico, mas o fato de que, do petróleo à água, todos os recursos econômicos são limitados leva a um questionamento da sustentabilidade de tal perspectiva.
Em 2006, na França, um grupo de pensadores de diferentes áreas criou uma revista (Entropia – vol. I Décroissance & politique) que passou a se dedicar ao estudo teórico de tal tema, construindo um contraponto à simples busca do crescimento. Naturalmente, a palavra chave para caracterizar o trabalho do grupo era o não-crescimento, o a-crescimento, no mesmo sentido do a-teísmo, mas a intenção de chamar a atenção sobrepujou a nitidez do rótulo.
Por elogiável que pareça, a crítica do crescimento como um fim em si mesmo não pode ser realizada sem a consideração do fato de que o conhecimento, hoje, é o principal fator de produção. Resistir ao consumismo puro e simples não significa, pois, abdicar da busca do conhecimento como crescimento pessoal, nem abalar a fé na perfectibilidade humana.
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