Como pessoas, constituímo-nos como um feixe de laços, associados aos papéis que representamos. Laços familiares são primordiais: já nascemos representando um papel de filho… As relações familiares são muito importantes ao longo de nossa vida: partilhamos projetos e valores, cultivamos relações afetivas, e, muitas vezes, passamos de filhos a tios, pais, avós etc.

A sociedade é um sistema de atribuição/representação de papéis; a cada um deles, correspondem vínculos/laços com os outros, na convivência como cidadãos, na atuação profissional, na participação política em diversos níveis. Na constituição da rede social, somos um feixe dos laços que cultivamos: em sã consciência, ninguém sobrevive à total inexistência de laços.

São muitas as tentações de paralelismos entre os feixes de links de uma rede e os feixes de laços que constituem um ser humano. Um ponto, no entanto, exige cautela: a extrema efemeridade dos links não se coaduna com a estabilidade relativa dos laços que nos constituem.

 

No comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *