Na vida acadêmica, a superestimação da pesquisa convive com uma banalização do significado de tal atividade. Nas universidades públicas, o fato de todos os docentes terem que se dedicar continuamente ao ensino, à pesquisa e à extensão torna inevitável tal banalização: quase tudo passa a ser rotulado como pesquisa.
Na vida real, no entanto, quando se dá o desconto decorrente da banalização, a atividade de ensino predomina na universidade, tanto no setor público quanto no privado. Apesar disso, o ensino segue pouco valorizado e os docentes que se dedicam apenas a ele são como coadjuvantes, ou mesmo figurantes, na representação da produção acadêmica.
Em tal contexto, a produção de livros didáticos costuma ser encarada como uma tarefa menor. Como andaimes na construção do conhecimento, o texto didático tem pouco charme. Com mais razão ainda, a produção de livros didáticos para a escola básica parece fruto apenas da humildade dos autores, indevidamente associada à falta de ambição acadêmica.
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