Em nossas ações ordinárias, o que não é sentido não faz sentido, mas tal sentido é pessoal, idiossincrático. Assistimos todos ao mesmo filme e cada um capta uma narrativa diferente, em sintonia com o repertório e a história de vida. Mas a vida não é uma selva, não se trata de cada um ver as coisas de seu jeito e fim. Vivemos a cada dia a busca da partilha de sentimentos, de sentidos, e o significado do que se vive é o que há de partilhável na diversidade de sentidos. A Educação traduz um esforço social para a construção da consciência pessoal, o que viabiliza a construção de significados, ou uma partilha de sentidos.
Há quem pretenda que a diversidade de sentidos teria uma interseção vazia, inviabilizando toda expectativa de racionalidade nas ações coletivas. Tal descrença não é absurda, e, às vezes, pode parecer conveniente, mas é um luxo de minorias. Acreditar na possibilidade da construção de uma “consciência coletiva” é um ato de fé na humanidade, essencial para nos mantermos vivos.
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