Atualmente, a lembrança da imprensa nos conduz à ideia de uma sociedade em rede, com seus recursos tecnológicos, seus sistemas de circulação de informações, que parecem desdenhar da ideia de valor. Já não escrevemos cartas, quase não lemos jornais impressos, as manchetes mais insólitas permanecem pouco tempo em destaque. Links são continuamente criados e destruídos, personalidades são idolatradas ou canceladas, a efemeridade e a fugacidade são extremas.
A nova imprensa, plena de blogs, chats, canais, podcasts, webinars e outras etiquetas tecnológicas, amplifica egos e alivia conteúdos quase na mesma proporção. A impressão é a de inconsciência das características da nova civilização que parece vicejar, o que nos faz lembrar a emblemática frase de Victor Hugo: A imprensa e a civilização têm o mesmo diâmetro.
A leveza que tangencia a leviandade, tão comum à cultura das redes, não pode mitigar o fato de que a imprensa é o sistema nervoso da cultura: a imprensa e a civilização se merecem…
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