Na contraposição entre ensino presencial e ensino à distância, a expectativa de vitória de uma das modalidades com a aniquilação da outra é cada vez menos pertinente. Em vez disso, desenha-se uma convergência notável para um mix de modalidades. A expressão “ensino híbrido” tem sido utilizada para tal mix, e a tendência é a um aparente consenso: um ensino 100% presencial é um desperdício e um ensino 100% à distância é insuficiente e precário.
A cautela, no entanto, é necessária. Em primeiro lugar, não basta falar sobre a mistura como uma panaceia, é preciso caracterizá-la conceitualmente, dando ao presencial César o que é de César, mas preservando espaços específicos em que o ensino à distância pode ser pertinente e preferível.
Outro pondo decisivo pode ser metaforicamente lembrado pela biologia: quando se cruzam indivíduos de diferentes espécies, como o burro e a égua, dando lugar ao mestiço jumento, o mix pode apresentar características interessantes, mas a infertilidade é a regra…
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