A rede mundial (www) é um banco de dados virtualmente infinito. Como uma fonte generosa, alimenta todos os que a procuram, tornando mais complexa a ideia de autoria. Trabalhos são copiados da rede e apresentados como originais. Plásticas sutis requentam ideias e fabricam autores fictícios. Referências técnicas incompletas, paráfrases dissimuladas e semicitações dão pistas dos desvios.Softwares são criados para captar indícios de fraude. Mas as fechaduras atraem os ladrões (Montaigne) e as artimanhas se sofisticam.
Mesmo com a crescente complexidade da questão teórica, resta uma certeza: a intencionalidade é decisiva na caracterização do plágio. Trata-se de um roubo de ideias, de uma apropriação intencional, para proveito pessoal, pecuniário ou não. Deficiências técnicas nas referências são pecados veniais. O chamado “autoplágio” também não parece algo relevante: é tão consistente quanto se acusar alguém de “suicidar” o outro. Mas a dimensão ética da questão nunca pode ser subestimada.
09/11/2012
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