Os primeiros automóveis eram vistos com desconfiança, representando riscos à vida humana. Na Inglaterra, deviam ser precedidos por alguém com uma bandeira vermelha, alertando para o perigo. Somente ao final do século XIX começaram a ser mais aceitos, substituindo os cavalos como meio de locomoção. Foram considerados uma solução limpa e saudável. As fezes dos animais cheiravam mal e disseminavam diversas doenças.
Hoje, o carro tornou-se um vilão. Tal mudança de perspectiva é apontada por Levitt e Dubner no curioso livro Freakonomics. Tendo Nova Iorque como referência, o número de mortes provocadas pelos dejetos de cavalo nos anos 1900 era proporcionalmente mais que o dobro do que é provocado pelos atropelamentos nos dias atuais. Os automóveis seriam, portanto, do bem. No entanto, salvo os poucos movidos a energias renováveis, eles hoje são, decididamente, poluidores do ambiente. Os efeitos negativos do monóxido de carbono parecem muito mais indesejáveis do que os das fezes dos cavalos…

15/11/2012

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