Livros são janelas abertas para o mundo: mundo dos fatos, dos factos, do que já foi feito, e mundo dos fictos, do imaginado, do que buscamos realizar. Limitar-se à realidade imediata é entregar-se ao fatalismo; entregar-se ao universo ficcional é fugir da realidade. Realidade e ficção interconectam-se, interpenetram-se e integram-se continuamente no universo dos livros. São como duas pernas a nos fazerem caminhar.
A leitura é sempre estimulante, e qualquer livro é melhor do que nenhum livro. A incompreensão da importância dos livros e da leitura na formação pessoal revela apenas as limitações de quem a exibe. A leitura não dá sono, ela nos desperta, ela amplifica a capacidade de sonhar.
Com ironia, diz-se que os livros não transformam o mundo, transformam apenas as pessoas; as pessoas é que transformam o mundo. O poder de um livro, no entanto, reflete apenas a força de seus leitores: como bem ressaltou Lichtenberg, se um macaco nele se debruça, não pode ver refletida a imagem de um anjo.
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