O risco inerente à convivência entre múltiplos universos de significações é o absoluto relativismo: a ideia de verdade é esmaecida e instala-se um vale-tudo epistemológico. Mas a pluralidade de versões de mundos não elimina a necessidade de discernir as que são aceitáveis das que não o são.
A extrema dificuldade na formulação de critérios de admissibilidade é um problema crucial. A verdade não é suficiente para fundamentar a aceitabilidade nem mesmo no âmbito das linguagens formais, que dirá em universos como a música ou a pintura.
Goodman propõe a noção da correção, entendida como uma coerência, um ajustamento, ou umaharmonia radical entre os elementos envolvidos. O nó da questão é o fato de que os mesmos argumentos que nos levam ao pluralismo das versões de mundo também conduzem à multiplicidade de critérios de correção.
A existência do que seriam alguns invariantes em tais critérios, como as ideias do Bom, do Belo e do Verdadeiro, oferece uma luz no fim do túnel. É pegar ou largar.
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