A fragmentação disciplinar excessiva tem conduzido à perda do significado do que se estuda. O objeto de cada disciplina torna-se cada vez mais específico e o especialista tende a ser identificado, de modo caricato, com alguém que sabe cada vez mais sobre cada vez menos. O antídoto para tal perda do significado é o cultivo permanente de uma visão de conjunto dos conteúdos disciplinares, apreendendo-se as relações entre os temas fundamentais das diversas disciplinas.
Combater a excessiva fragmentação disciplinar não é pretender o fim da especialização. A complexidade da ciência atual não abre espaços para generalistas sem um aprofundamento conceitual em algum campo. Não se trata, pois, de extinguir, mas sim de redefinir a ideia de especialista. Hoje, em vez de um realizador de micro tarefas inexpressivas, um especialista é alguém capaz de dar uma consultoria, colocando sua expertise sobre determinado tema a serviço da compreensão e do funcionamento adequado de um sistema mais abrangente.
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