Na versão de Brat Ratner do filme Hércules (2014), ao retornar dos 12 trabalhos a que foi condenado, o herói torna-se um mercenário, justificando que trabalhará apenas para poderosos do bem. Na epopeia mítica, Hércules teve que trabalhar sozinho; foi devido à ajuda recebida na luta contra a hidra de 7 cabeças que os 10 trabalhos iniciais tornaram-se12. Agora, o herói monta sua equipe, incluindo:

– um Guerreiro Profeta, uma espécie de Gerente;

– um Especialista em Facas;

– uma Arqueira capaz de atingir alvos sutis;  

– um Guerreiro Selvagem, imagem da força bruta;

– um Narrador, contador de histórias para o grupo

Quatro pontos são bastante atuais, na versão de Ratner:

– a opção pela colaboração, pelo trabalho em equipe;

– a valorização da sutileza feminina, por meio da Arqueira;

– a consideração da importância das narrativas para animar a tropa;

– a tentativa ingênua de justificar a violência na defesa do “bem” (Após vencer a primeira luta, Hércules já desconfia da “bondade” do financiador).  

****

No comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *