As leis prescrevem ou proscrevem hábitos ou costumes considerados valiosos ou indesejados pela tradição, ou visam a instalar valores socialmente desejados, mas inexistentes, ou de existência precária. Não se trata de regular a convivência entre Pedro e Paulo, entre Joana e Josefa, entre fulano e sicrano, mas sim entre todos os cidadãos. Não faz sentido uma “lei” que se aplica apenas a pessoas específicas: tudo o que a lei estabelece, ela o faz para todos. Assim, o Direito está para as pessoas assim como a Álgebra está para os números.
De fato, ao lidar com as operações aritméticas, sabemos que 3 + 5 = 5 + 3, e também que 2 + 7 = 7 + 2, mas somente quando estabelecemos que, para dois números quaisquer, x e y, vale que x + y = y + x, ou seja, quando nos referimos a leis ou propriedades gerais dos números, estamos no terreno da Álgebra.
Se o Direito representa o arcabouço legal que regula a vida das pessoas, a Álgebra traduz a consciência das leis que regulam as relações entre os números.
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