Circula entre incautos uma falsa etimologia que associa “aluno” a “a-lumen”, ou ao que não tem luz. Não há fundamento para isso em qualquer dicionário etimológico confiável. “Aluno” deriva do verbo latinoalere, que significa nutrir, alimentar. O adjetivo correspondente é almus, ou alimentador, e os alimentados são os alumni. Em inglês, a palavraalumnus é usada desde o século XVII.
Aluno é, pois, o que deve ser alimentado, e a função precípua da escola é criar as condições para tal alimentação. Naturalmente, trata-se de um alimento intelectual: sentimentos, interesses, vontades, vontades de certas vontades e não de outras, conhecimentos, valores.
Em tempos modernos, o espaço escolar tem sido alvo de intenções alimentares mais prosaicas, como merendas e que tais. Tais situações são compreensíveis na medida em que criam condições para uma alimentação intelectual. O perigo, no entanto, é o de um desvio na atividade fim da escola, que pode ter um refeitório, mas não é um refeitório.
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